Santa Ângela Mérici

Não Há Educação Sem Amor

Santa Ângela Mérici

“Você precisa ouvir os conselhos e inspiração que o Espírito Santo, continuamente, os envia para o coração.”

 

História

Nascida em 1474, em Desenzano, norte da Itália, e logo a sua família se mudou para uma fazenda em Le Grezze, local onde Santa Ângela se familiarizou com o campo. Também conheceu a vida dos santos através das leituras de seu pai, algo que a influenciou ao longo de sua vida. 

Por volta de 1490, os seus pais e a irmã mais velha faleceram e ela foi, provavelmente com o seu irmão mais novo, morar com um tio em outra localidade.

Após certo período, ela retornou para a fazenda em Le Grezze, onde passou cerca de 20 anos. Até que em 1516, após ter se tornado uma Terciária Franciscana, os seus superiores pediram para que ela fosse à Brescia para ajudar Caterina Patengola, que havia perdido filhos e o marido.

Santa Ângela em 1524 foi em peregrinação à Terra Santa. Nessa viagem ela perdeu a visão e viu os lugares sagrados com os olhos de seu coração. No retorno, ao parar em uma cidade onde havia um crucifixo, ela rezou e recuperou a visão.

No ano seguinte ela foi a Roma, para o Ano Santo, e então teve uma audiência com o Papa Clemente VII. A partir desse encontro houve o início do processo de oficialização da Congregação das Ursulinas.

Duas vezes ela foi em peregrinações a Varallo para ver os santuários dos acontecimentos da vida de Jesus e, em 1529, quando Brescia estava sob ameaça de invasão, ela foi com Agostino Gallo e sua família para Cremona. Em seu retorno, ela viveu por alguns meses com a família de Agostino em frente à Igreja de San Clemente.

O tempo todo que viveu em Brescia, ela acolheu todos que lhe procuraram por ajuda: aqueles que buscavam sua oração ou seus conselhos práticos, aqueles que esperavam por reconciliação, senhores ricos, teólogos, pregadores e as pessoas comuns da cidade. Ela tomou conhecimento das jovens mulheres que procuravam uma vida de consagração sem entrar em um mosteiro e se sentia chamada por Deus para criar algo na Igreja.

Apesar do pouco estudo formal, Ângela era procurada por bispos, sacerdotes, governadores e doutores. A sua vida de penitência e entrega à Deus, proporcionou-lhe, pela graça do Espírito Santo, o dom de ser conselheira.

CASA
CASA DA FAMÍLIA DE ÂNGELA

 

“Não Há Educação Sem Amor”

Ângela enxergou os perigos morais e intelectuais que faziam com que as pessoas se afastassem de Deus, da fé e da Igreja. Centrada na família, passou a disseminar mensagens fortes em prol da restauração da sociedade e derrocada das ideias pagãs. Afinal, este período era crítico também pelo combate à doutrina luterana e do Renascimento.

Nos últimos anos de sua vida, ela se mudou para um quarto perto da Igreja de St. Afra. ela reuniu as suas companheiras e ditou suas Regras, seus Conselheiros e seu Testamento, sendo que, finalmente, em 25 de novembro de 1535, em Bréscia, ela fundou a Companhia de Santa Úrsula – proporcionando às mulheres de seu tempo uma consagração radical ao Senhor.

Composta por mulheres sem clausura, as Ursulinas foram reconhecidas como a primeira comunidade, na história da Igreja, com estas características em sua formação. Também foi a primeira comunidade religiosa para mulheres que foi iniciada por uma mulher; Santa Ângela.

angela
COMPANHIA DE SANTA ÚRSULA - FILHAS DE SANTA ÂNGELA
 

Santa Ângela Mérici faleceu em 27 de janeiro de 1540, aos 75 anos de idade. Foi canonizada em 24 de maio de 1807 por Pio VII.

O seu legado foi espalhado por todo o mundo. Os seus ensinamentos foram a base para que milhares de indivíduos possam ter tido as suas vidas transformadas e voltadas ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Princípios Pedagógicos de Santa Ângela

A pedagogia de nossas escolas se inspira nos conselhos de Santa Ângela Mérici, fundadora da Companhia de Santa Úrsula, e se atualiza conforme as necessidades dos tempos e contextos. Esses conselhos constituem núcleos de valores que fundamentam a filosofia de educação das escolas ursulinas, orientam sua pedagogia, sua identidade e sua prática diária. Eles são:

1 - As educadoras devem estimar suas filhas, respeitá-las na sua dignidade humana e cristã; humildemente devem considerar como grande honra servi-las.

2 - "Não há educação sem amor." que a educadora ame a todos os educandos e cada um pessoalmente com verdadeiro amor maternal; que os trate segundo o temperamento e as necessidades de um: são pessoas, não números, numa lista de chamada (...).

3 - As educadoras, como mães verdadeiras, devem tratar as filhas com  mansidão e bondade, não com autoritarismo.

4 - Educa-se muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. É mister, pois, que a educadora seja um modelo para os educandos e que seja a primeira a fazer o que dos outros exige.

5 - A educadora deve ser exigente, razoavelmente, pois ama e estima as suas filhas chamadas todas a uma grande santidade; sabe que seu papel é formar personalidades de valor e não enfeitar bonecas.

6 - A educadora deve ser corajosa, generosa, ardente, não se deixando nunca vencer pelas dificuldades e pela monotonia da tarefa. é esclarecedor, neste ponto de vista, constatar a frequência da expressão “esforçai-vos ou de seus sinônimos no “testamento” e nas “recomendações” de Santa Ângela.

7 - É melhor prever o mal que ter de corrigi-lo; por conseguinte, a educadora será vigilante para precaver suas filhas contra os perigos que as ameaçam: perigos que vêm da corrupção do mundo, de ideologias erradas e sedutoras, ambos de nosso tempo, como no século XVI. Ângela deixa “suas filhas" no mundo, mas quer que sejam protegidas, guiadas, ajudadas.

8 - A educadora deve ser otimista, animada de uma confiança inabalável em Deus: deve confiar, também, comamor e lucidez, nos educandos. “verás maravilhas”... mas, talvez só muitos anos mais tarde.

9 - As educadoras devem viver unidas entre si; saber trabalhar em equipe.

10 - A tarefa educadora ultrapassa as forças do educador, encarregado de uma missão divina temível. Deve, pois, recorrer à força de Deus, ser "alma de fé".

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